sexta-feira, 27 de junho de 2014

Aceite


Aceite.
Todos nós somos vencedores de nós mesmos. Todos nós somos trapaças a nós mesmos. Somos as pedras e o caminho. Somos nossos degraus e nossas descidas. 
Onde a dor da alma dói na pele. Onde a decepção anda lado a lado do aprendizado. Onde nada é por acaso e tudo é real. Onde os medos se tornam coragem e a coragem se torna um novo amanhecer. Onde o passado vira futuro e o presente está aqui. 
Se aceite, isso aqui é a vida e na vida nunca se está a sós. 
Sempre haverá alguém, sempre vai haver um de nós. Sempre haverá Deus. 
É aqui. E é hoje.
E se for possível não aceitar, não aceite. 
Não sobrecarregue a si mesmo pelos desacertos alheios. Não se anule. 
Aceite, no final é Você e Você.
E na hora de dizer um "NÃO, EU NÃO ACEITO"  se aceite. Aceite o que você não aceita. E mude por você, não aceite por você!
Permita-se não aceitar o que não faz parte de você. 
Aprenda a aceitar que não aceitar também pode ser um acerto. Um "EU ACEITO!"
E quando nada mais fizer sentido, aceite-se, aceite o sentindo que não faz sentido... Uma hora fará. 
Uma vez ouvi dizer que a resposta está na pergunta - Que pergunta? - Todas. 
A vida nada mais é do que um enorme ponto de Interrogação - quase sempre sem sentido - sem respostas satisfatórias. 
Então aceite que a vida sempre te fará perguntas. Aceite ser feliz pra sempre, mesmo que o sempre pareça longe, dentro daquele livro com um belo final feliz que quase nunca aceitamos ser real... Mas é!
Até mesmo os contos de fadas são recheados de tragédias e perguntas. 
- Porque? - Não sei!
Primeiro se aceite, se ame, se encontre com todos os pontos de interrogação, e as reticências sem final. 
Vá ser feliz e aceite que mesmo estando perdido, você deve estar no lugar certo. 
A vida é bela. O que não for belo a vida substituirá por algo que será. 
E agradeça sempre! Não só pelo que foi bom, agradeça pelos desacertos que o fizeram caminhar, e aceitar. 

Mayara Pandolfi
23 de Outubro de 2013.

terça-feira, 24 de junho de 2014

NOVAMAR





O medo do fim instalado em nossas vidas já se tornou comum.
Engraçado que como antes de começarmos algo, o medo do fim já se tornou uma verdadeira assombração.
Fim da vida, fim do amor, fim do dinheiro, da juventude...
Inútil fingir a não existência desse medo já que  não  queremos o fim.
Mas que tal deixar o medo pro final? Se houver um, é claro.
Não. Nem tudo é eterno. Talvez nada seja. Mas só saberemos se um dia tudo isso  acabar.

Quando um amor acaba tudo o que fazemos é enrijecer a boca e o coração.
Nunca mais amar. Nunca mais sofrer.
Só esquecemos que os espaços da vida tendem a ser preenchidos. Quase sempre.

O fim de um amor pode não ser só um fim.
É tão bom se descobrir. É tão bom recomeçar, reinventar, SOBREVIVER.

Olhos brilhando novamente, coração acelerado, o primeiro beijo, o primeiro sonho a dois... ou a três.
 Um Eu te amo novinho em folha. Um Novo amor. Novamente Amar. Novamar.
A vida é feita de recomeços, e se o o Eu te amo não for assim "novinho em folha", encare-o como se fosse.
O grande erro do homem é decretar o fim de tudo sem consertá-lo.

Ame de novo, e se não der... Re-Ame.

Mayara Pandolfi