Tempo. Tão importante, mas de vez em quando até esquecemos que ele existe. Sei lá, na hora de amar, de ser feliz, ele passa tão rápido que parece que nem é de verdade.
Em compensação às vezes ele está tão presente que parece que ouvimos cada Tic-tac do relógio soar nos ouvidos.
Medo de envelhecer. De morrer. De que não passe. De que passe rápido demais.
O tempo dá medo mesmo.
Talvez não seja mesmo MEDO. Não sei bem o que é.
Só sei que tem horas que da vontade de eternizar certo TEMPO. Não o segundo em si, mas o tempo inteiro; Aquela hora; Aquele dia; Aquele ano. Áh, como foi bom aquele ano!
O tempo ruim também se torna bom... Geralmente quando esse tempo já faz parte do passado.
Algumas coisas se vão com o tempo: a face sem rugas, bunda empinada, visão, audição. É tanta coisa que nem sabemos o que realmente é importante.
Sei que importante mesmo é o que VEM com o tempo. O passado é tão importante quanto o presente e o futuro.
O que seria de nós sem nossas bagagens eternas? O primeiro dia de aula; Aquele verão inesquecível; O amor da adolescência ou da 3º idade; Aquela decepção que parecia a primeira, a segunda a terceira pior da sua vida.
Nossa! São tantas as lembranças, tantos tic-tac’s do relógio, passou-se tanto tempo... Mas parece que foi ontem.
O tempo é tão mortal quanto nós. Afinal, tudo termina quando termina o nosso tempo, seja aqui, seja ali. Mas jamais será tempo suficiente para sempre. (...)
Mayara Pandolfi